domingo, 7 de outubro de 2012
Poesia e pranto
Traiçoeiro encanto que as vezes trai
O pobre poeta que não chora um ai
É a poesia quando da dor se esconde
E o poeta busca-la, não sabe onde
Sedutor encanto é a poesia triste
Quando fala a dor de saudade infinda
A dor que poucos sabem que existe
E de chora-la ninguém sabe ainda
Vai o poeta buscando em sonhos
Ou em verdades já falecidas
Prantos, saudades ou um adeus até
Dádivas que não podem ser esquecidas
Assim o poeta pelo traiçoeiro encanto
Da fugaz poesia que se faz de canto
Se lhe foge a voz e se a palavra vai
Faz o poeta, a poesia, com o próprio pranto
José João
07/10/2.012
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