quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Noite

À noite, sob os acordes de uma canção silenciosa
E triste que a saudade canta dentro do peito,
As lágrimas, tal pingos de luar, brilham no rosto
Como divinos versos que a alma declama 
Em plena solidão, como se esta fosse o palco,
A inspiração e a ouvinte. O luar se derrama,
Carinhoso, sobre a relva, o vento brinca
De fazer dueto com o farfalhar das folhas,
A saudade se faz maior, traz uma ausência
Que sufoca, apesar do carinho da noite
Em trazer sonhos antigos e fazer sonhar
Sonhos novos. Me perco num devanear
Choroso, as vezes cheio de saudade de mim,
Outras vezes em sorrisos tímidos lembrando
O que já vivi e senti. Um raio de luar,
Passando por entre as folhas das árvores
Se chega perto de mim, e fica em silêncio,
Deitado comodamente me convidando
Para contar estrelas, levanto os olhos
E... lá longe, lá no alto, uma estrela cadente
Passa risonha querendo levar meus pedidos,
Mas só lhe contei meus segredos. Ah! Noite!
Sempre se fazendo espaço para a solidão
De cada um

José João
15/11/2.017
     

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