As vezes, invento de ser poeta e me dou ao tempo,
Busco palavras que não sei, vazios que não sinto
Procuro rascunhos de vidas e a eles fico atento
Outras, são verdades, verdades minha e... eu minto
Quando brinco de inventar versos, de ser poeta,
De escrever dores que não sei dizer só sei sentir
Me proponho fazer de inocente a arte de mentir
Então não sei ser poeta, pra chorar não sei fingir
E me entrego sem pudor ao pranto que me vem
E deixo que desenhe caminhos em meu rosto
E me dou ao prazer, das lágrimas sentir o gosto
Fico inventando risos que chorem com meu olhar
Mas lágrimas não deixam nos meus olhos um sorrir
Como então ser poeta se pra chorar não sei fingir?
José João
27/07/2.017
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