Grita, minha pobre alma, tua dor
Reza blasfêmias ou santas orações
Ajoelha-te, submissa em clamor
E pede aos céus, pede com fervor
Que as tantas cicatrizes mal saradas
Essas que a solidão lambe sem pudor
Se façam dores passadas, esquecidas
Sejam histórias no tempo já perdidas
Cuida que se em ti chegarem prantos
Deixa que em mim todo se derrame
Que deles farei versos, farei cantos
Que as lágrimas, pela tua dor parida
Corram em meu rosto como alento
Que a ti sempre, juro, estarei atento
José João
12/06/2.017
Mais um poema belíssimo, traz sentimentos de amor e tristeza.
ResponderExcluirUm grande beijo!!