sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

O eco de meus pensamentos

As vezes minha alma chora tão suavemente
Que penso ser a brisa cantando uma canção divina,
Composta por anjos para dar acordes aos prantos
Que se fazem orações como se pedissem clemência
Para essa tanta dor que apenas chega, faz morada e fica.
Me deixo ficar na imensidão do tempo, sentado no nada,
Sentindo as horas passarem lentas e o tempo assoviando
Uma canção que nem sei se existe e um vazio sem forma
Me toma todo, me faz buscar sonhos que nunca sonhei,
Apenas um desespero de me fazer outra vez ... gente.
Com passos trôpegos, voz reticente, num cambalear
Sem sentido, vou por caminhos antes percorridos
Entre flores que murcharam tanto foi a tristeza
Do adeus que nele foi dito. Os rastros se perderam,
Apenas uma falta de tudo se faz tão viva quanto triste,
E eu, entre soluços, levo apenas para qualquer horizonte,
Pedaços pedidos de mim num sussurrar inconstante,
Num mirar-me nas pedras que se fazem ponteagudas
Farpas de solidão onde o eco dos meus pensamentos,,
Como se fosse um som doente do nada, apanas
Martiriza minha alma carente.


José João
24/02/2.017

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