quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Essa tanta saudade de mim.

Por vezes, ainda choro quando me lembro de mim.
Quando me lembro de sonhos que nunca passaram 
De sonhos, se fizeram angustiantes segredos da alma,
Ficaram como tristes e mórbidas lembranças
Do que nunca pude viver, sentir ou fazer história.
Esses sonhos mortos se perpetuaram, se fizeram
De sempre, tão densos que não me permitem sonhar
Sonhos novos e os horizontes são sempre os mesmos,
Os caminho que a vida reserva são cheios dos temores,
Dos medos que aprendi sentir por ter sonhado
Sonhos que nunca vivi. A dor que me dói é tanta,
Que me permito chora-la, mesmo entre a multidão,
Sem medo do ridículo, apenas sentindo vergonha...
Pena de mim mesmo, pela saudade que sinto de mim.
Entre as tantas carências, entre as ausências,
Dentro da solidão que não escolhe hora pra chegar,
Entre o vazio e nada para pensar, me procuro...
As vezes volto no tempo a buscar-me, e sempre, 
Na volta, a saudade de mim mesmo...dói muito mais.


José João
05/01/2.017


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