segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Meus fingidos legados

Em orações, que nem sei se são ouvidas,
Em solene contrição, joelhos postos ao chão
Peço com a humildade daqueles que sabem chorar
Que não me tire, Senhor, meu direito de sonhar

Que por mais dolorida, ou mais triste seja ainda
Deixa em mim essa saudade, mesmo em pranto
Que com ele a alma inunde o mundo, inunde tempo
Mas que o faça em mim, verdade a meu contento

Os sonhos que mesmo em lágrimas molhados 
Haverei ainda de sonhar e que não me seja negado
O direito de fingir que todos a mim foram legados

Por momentos que a alma tanto insiste ter vivido
E que nenhum em mim, jamais se faça o derradeiro
Pra que nunca ela saiba, o último ou o primeiro


José João
12/12/2.016

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