terça-feira, 6 de setembro de 2016

Bem vinda, solidão.

Nunca disse te amo, se minha alma não sentisse.
Minha voz nada mais era que o eco da voz dela,
Nunca me entreguei total e plenamente a um sentir
Se minha alma não estivesse toda pura e pronta 
Para se entregar, sem reservas, na plenitude do amar.
Quantas vezes fui além de mim, para sonhar sonhos
Que não eram meus, mas era tanta a vontade de amar
Que deles fazia meus amanhãs e os vivia todos.
Me lembro das tantas vezes que podei pensamentos
E vontades pelo prazer de satisfazer outras vontades,
Ver num rosto um sorriso dizendo alegre: obrigado.
Deixava que minha alma se preparasse, se enfeitasse,
Se fizesse como fosse uma noiva para se fazer dádiva 
A quem ela se entregasse. Nunca deixei pedaços,
Nem mesmo de saudades que pudessem se fazer sombras.
Ah! Mas o tempo, as dores, as mágoas, até os prantos
Que agora se fazem eternas companhias me dizem 
Coisas que a alma se recusava ouvir e aprender...
Me dizem que essa entrega assim, sem medidas,
Não vale mais a pena ... agora é ridículo, e eu ...
(rsrsrs) só sei amar assim ... bem vinda solidão.

José João
06/09/2.016




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