segunda-feira, 25 de julho de 2016

Uma solidão só minha

Minha alma em incoerente alegria se alvoroça
Com a solidão e o silêncio, se toma de incontido
E descabido prazer e vai buscar momentos, sonhos
E até detalhes do que fomos e ainda és.
Faz morada na solidão, se deita comodamente
Dentro dela e faz que o pensamento te traga de volta
Por caminhos que só ela, a alma, conhece.
No silêncio, o tempo parece gritar teu nome,
Me tomo de mim e como em transe, te sinto
E um lívido tremor me invade... e até me assusta,
Tanto é tua presença. Fecho os olhos pra te ver melhor
E te vejo toda, minha alma te toca, o coração pulsa
Em desespero, a distância se perde... existe só o tempo,
Onde tua ausência aumentou o vazio, mas quando,
Em qualquer lugar, a solidão se apieda de mim,
Quando o silêncio se faz parte de minha alma,
Que grita estridente teu nome, os olhos choram alegres,
Como se te olhassem dentro de mim ...
Nessa saudade toda e... só minha.


José João
25/07/2.016
(Fortaleza - CE)

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