Como é doída essa dor de depois de um adeus!
Marca em cicatrizes profundas a própria alma,
Que inquieta, não encontra abrigo para esconder-se,
Qualquer lugar é bom para chorar, não adianta ir...
Nem ficar, a dor é sempre a mesma. Sufoca...
Martiriza, enche o espaço de vazios alucinantes,
As lágrimas, feito fonte corrente, se derramam
Como se buscassem um alívio para tanta dor.
E chega, de dentro da solidão, a saudade.
Mas de que é feito a saudade? De angustias e
Tristezas? Mas existem saudades que brincam
De fazer no rosto sutis sorrisos, levam olhares
Para momentos distantes, embora perdidos
Entre o tempo, a dor, e os sonhos que restaram
Como lembranças perenes de instantes vividos
Que se fazem eternos enquanto a vida existir.
Tudo fica para trás em caminhos perdidos,
As marcas não são rastros para fazer voltar
Faz a saudade parecer um horizonte feito de tempo
Onde nunca mais se pode chegar...
José João
10/05/2.016
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