sábado, 2 de abril de 2016

Ah! Se não fosse minha alma...

Um dia eu disse pra minha alma, 
Que não amasse tão intensamente assim,
Até lhe disse que amar loucamente
Poderia um dia, doer tanto, mas doer tanto,
Que eu não teria mais tantas lágrimas 
Para chorar essa dor. Minha alma sorriu,
Me olhou nos olhos e disse: Tens medo?
Tens medo que me entregue a um amor forte,
Que sei será único? Tens medo que um dia
Possa amar diferente? Possa amar pela saudade?
Possa amar até os sonhos, os momentos vividos,
E nunca deixados para trás? Possa amar
A lembrança dos dias, até mesmo a rotina?
Ah! Meu pobre ser - me disse minha alma -
O que sabes do amor... do amar?
Como pensas a infinitude de um sentimento
Que eterniza um breve momento?
Dois minutos de um amor verdadeiro,
Forte, puro, intenso, se não puder
Faze-lo mais que isso...se tiver que chorar,
Farei da saudade outra maneira de amar
Mesmo tendo que a vida toda chorar.
- Hoje meus olhos secaram. Lágrimas!?
Não as tenho mais, mas que seria de mim
Não fosse essa saudade! Ah! essa minha alma!!

José João
02/04/2.015


Um comentário:

  1. Bela poesia. Nossa alma, ah! sábia alma propositalmente, finge não nos ouvir... muito menos atender. Permite que o pobre ser, sobrecarregue seu coração com sentimentos e desejos intensos... insistentes, por algo ou alguém que nunca esteve separado espiritualmente.

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