quarta-feira, 27 de abril de 2016

Nunca vou saber se...

Hoje me percebi lembrando coisas esquecidas,
Vieram com o perfume do passado, com o gosto
De saudade, vieram como fossem notas musicais,
Moldando a alma, para sentir a beleza do que o tempo
Guarda, quando a ternura do existir se faz maior
Que o esquecimento e está muito além da razão.
Velhos sonhos quase caducos, alguns ainda tristes
Por não terem passado de apenas sonhos...outros...
Apesar da idade, ainda risonhos por terem se feito
Verdades, até aqueles que se molharam em prantos.
Mas o mais doloroso foi um arrependimento
De um não ter feito que me chegou de repente,
Nunca envelheceu, parece até ser de ontem
Fazendo a saudade ser mais cruelmente doída 
Por nunca ir além de ser essa dúvida atroz,
Que machuca, que fere a alma, e a tristeza maior,
É saber que se fará para sempre, como cicatriz
Que não sara nunca, que fica fabricando angustias.
Como dói o não ter feito, o não ter tentado!
Talvez essa dor de agora, nem mesmo fosse dor.

José João
27/04/2.016




terça-feira, 26 de abril de 2016

O encanto de amar.

As vezes a beleza de amar me faz chorar,
Amar tanto e tão intensamente, loucamente, até,
E não saber quem. Amar até a vontade de amar,
Sentir a liberdade de ser livre, na imensidão
De um mundo mágico onde esse sentimento
Voa alegre e entra em mim como uma verdade
Que só sei sentir. Amar, amar, tanto e sem saber
A quem tudo pertence, sei que deve existir,
Só que não sei onde, e não sei quem, mas está lá,
Talvez até sentindo saudade, fazendo ao tempo,
Ao mundo, as mesmas perguntas minhas.
Quem sabe sentada em frente a um por do sol
Vendo um caminho de luz brilhante nas águas,
Sonhando entre lágrimas e saudades, um olhar
Perdido na imensidão do nada, um sussurro
Chamando um nome, que ela jura ser eu.
Ah! Esse amar sem nome, sem rosto, sem voz,
Esse amar cheio apenas de sonhos e ilusões!
Essa saudade descabida que faz pulsar forte
Na alma essa loucura de amar assim.
Ah! Vida! Cheia de prantos e encantos!


José João
25/04/2.016




segunda-feira, 25 de abril de 2016

Preciso amar assim

Não sei quantos sonhos ainda vou sonhar,
Quantas saudades ainda vou sentir..
Não sei quantos prantos ainda vou chorar,
Dias tristes, quantos serão, não sei,
Da carência que outras ausências deixarão,
Nada disso eu sei e nem me importa saber.
A mim, importa apenas amar, não esse amor
Das palavras, mas aquele amor que a alma
Treme, chora feliz ao sentir, se entrega
Sem medo. Um amor, que mesmo sem caminhos,
Vai até o infinito para fazer eterno cada momento.
Quero amar com aquele amor dos versos mágicos,
Da magia do silêncio gritando com os olhos
Mensagens divinais em risos de inocente prazer,
Quero amar com aquele amor que faz a razão
Ser demente, se perder em longos suspiros
No prazer de esperar, com risonha saudade,
Quem já está chegando. Quero amar assim,
Como se o amor fosse dono de mim.
Preciso amar assim para dizer... estou vivo.


José João
25/04/2.016

sábado, 23 de abril de 2016

A falta de um pedaço de mim.

Por vezes me sinto perdido de mim mesmo,
Sem saber quem sou. As vezes me encontro
Dentro de histórias que não vivi, sonhando
Sonhos que não sei se são meus, chorando
Por saudades de adeus que nunca disse,
Caminhando por estradas perdidas, vazias,
Em horizontes desconhecidos. Uma tristeza,
Uma saudade descabida, uma vontade de chorar,
Como se faltasse um pedaço de mim...que
Não sei onde perdi, quem foi ou se existiu.
Me sento na beira do tempo com uma solidão
Silenciosa, muda, doída. Meu olhar se perde
Na distância infinita de um pensamento,
Que em desesperada busca, vai entre os nada
Tentando encontrar o que me deixa assim,
Tão longe de mim. Digo nomes que nunca ouvi
E muito além dos sonhos, numa rude demência,
Corro com a alma aflita e lhe peço... busque
O que tanto me aflige, o que perdi, o que não sei
Só sei que sinto essa angustia da falta
De um pedaço de mim...que não sei onde está.

José João
22/04/2.016


quinta-feira, 21 de abril de 2016

A liberdade dos versos da alma

Minhas poesias saem livres, voam soltas,
Não se preocupam com o tamanho dos versos,
Nem com rimas, a métrica é uma dor desconhecida,
Não cabe nos versos, não mede o que sente
A poesia quando escreve lágrimas de saudades.
Meus versos não se preocupam com a beleza,
Querem apenas ser fieis a minha alma, contando
O que ela chora, a dor que sente, e o adeus que dói mais.
Assim ficam curtos, compridos, molhados,
Raramente risonhos, mas são versos completos...
E minha alma brinca de escreve-los, sem medo,
Nem do começo nem do fim do verso, porque assim
Ela pode escrever uma dor completa, chorar lágrimas
Num pranto avulso. gritar uma tristeza, sem medo,
Em total e plena liberdade de se fazer entender,
Sem rimar palavras, apenas rimar com a tristeza
A dor da saudade que chora. Como essa dor de agora,
Tão doida, que a alma aflita de joelhos implora
Até por piedade, que nenhum sonho mais vá embora...
E uma rima indevida, tão alheia quanto descabida,
Nos versos sem métrica, invadiu minha vida.

José João
21/04/2.016

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Outonos e primaveras

O adeus pra mim é como se fosse um outono...
Me poda os sentidos, derruba, como fossem folhas,
Minhas ilusões, sentimentos, sonhos, me deixa
A alma, coitada, nua, sem beleza, em vazia existência
Mas um outro amor, se me vem, pra mim se faz primavera,
Como fossem pétalas luzidias, brilhando ao sol,
Desperta e enfeita, minhas ilusões, sentimentos,
Sonhos. Me deixa a alma viva alegre, vestida de noiva,
Cheia de outros desejos, sorrisos como fossem botões
De jasmins a se abrirem num cio divino de luz.
Sou as duas estações, o outono (o adeus) me prepara
Para que a primavera (o amor que vem) me enfeite,
Me encha de vida, me faça luzir entre os sonhos
Novos, me preencha todos o vazios de beleza,
(Me faça reviver mesmo com cicatrizes expostas)
Uma entrega constante de um sentimento único.
Pena que quase sempre vem a chuva em tempestade
Me arranca violentamente as doces e frágeis pétalas,
Me verga ao peso do mundo, me dobra os joelhos,
Me molha em lágrimas que se misturam com a chuva
E se vão ao tempo regando jardins de flores
Que nem são minhas, mas sempre virão outonos
E primaveras

José João
20/04/2.016

Ridículo é não ter lágrimas para chorar um adeus!

Não me preocupa ser ridículo e chorar..
Choro em qualquer lugar, são minhas as lágrimas,
É minha a dor que choro, é minha essa saudade
Que só eu sei sentir. Não me preocupa que zombem,
Afinal, o adeus foi dito a mim, em mortal silêncio,
Gritado apenas pela voz silenciosa de um olhar.
Tanto que ainda hoje essa carência me toma em prantos.
Preocupado estaria se um dia me faltasse lágrimas...
Aí, eu me sentiria ridículo, tenho ainda tanto amor,
E com certeza, outros doloridos adeus, angustias,
Na verdade, o que me motiva a amar tanto assim,
É estar desperto para um amor verdadeiro,
Um amor intenso, puro, inocente e forte 
Que mais de meio mundo já não sabe sentir...
E amar assim, com tanta entrega e tão intenso,
Num amanhã qualquer, para que o amor
Se faça maior, se faça infinito em cada momento,
Tem que haver um adeus, para haver uma saudade
Para que, aí sim, esse amor seja verdadeiramente...
Eterno. Que não me faltem lágrimas, seria ridículo
Sentir uma saudade sem lágrimas para chorar.


José João
20/04/2.016




sábado, 16 de abril de 2016

Uma noite sem você.

Esta noite não vieste nos sonhos que sonhei,
Te esperei em cada um deles. Não vieste,
Me deixaste só. Ela ficou mais triste,
Vazia, as horas brincavam de não passar,
O silêncio, o vazio e tua ausência
Tomavam conta da noite e de mim...
Busquei a saudade em incontido desespero,
Mas nem ela te trazia e uma angustia,
Me tomava as horas, sufocava a alma,
Como se tua ausência nos meus sonhos,
Fosse sentida como a falta que fazes 
Nos meus dias. As lágrimas me vinham
Como caricias, fechava os olhos tentando
Te sentir, e sentia, elas se faziam tuas mãos
Correndo macias em meu rosto na singeleza
De um carinho que só tu sabias fazer,
Ah! Essa carência de ti! Essa falta de ti!
Essa insensatez do tempo que, nessa noite,
Nem sonhar contigo me permitiu...
Mas sempre vais estar aqui...em mim.


José João
16/04/2.016






Quem é o tempo para um amor?

Uma vez perguntei ao tempo porque a dor
Da saudade dói tanto?! E porque ele, o tempo,
Quando mais forte é a dor, mas lento  fica,
Faz as noites se arrastarem sem pressa,
Como se as horas não quisessem passar.
Perguntei, por que ele, infinito e eterno,
Dono do esquecimento, se faz tão pequeno,
Se faz tão pouco, quando a saudade
Entra e comodamente ocupa a alma.
Porque se faz vazio, quando um adeus,
Daqueles que dói mais que qualquer dor,
Se faz uma angustiante e dolorida agonia,
Trazendo para ainda hoje uma dor 
Que se julgava morta, mas se faz de sempre.
Sem respostas o tempo passeou entre
As horas, resmungou em silêncio 
O que não pude ouvir e continuou lento
Como se zombando de minha dor.
Aprendi assim, que o tempo é tão pouco
Quando o amor, a cada instante vivido,
Em cada um deles, se faz tanto que se faz eterno,
E ainda vive na infinitude de um adeus,
Com outro nome...saudade.


José João
16/04/2.016


Fugir...mas como?

Fugir...é o que me vem. Ir pra bem longe,
Navegar num mar sem rumo, sem porto
Para chegar, apenas ir, sem rota, ao vento,
Passar por horizontes que não conheço,
Caminhar por estradas desconhecidas...
Me embriagar com outras loucuras e até,
Em caminhos perdidos, buscar-me ao tempo.
Ave de arribação sem asas para voar,
Assim sou eu. Levando no peito um punhado
De saudades, nos olhos lágrimas ressequidas,
No alforje poesias inacabadas, e nas mãos...
O vazio de carinhos que nunca sentiram.
Dormir ao relento ouvindo o silêncio da noite,
Conferindo estrelas e buscando uma cadente
Para fazer um pedido que nem eu sei.
Sentar na relva contando minhas tristezas
Sem que ninguém ouça, talvez só mesmo
Para lembrar que existo! Fugir, mas...como?
Não posso fugir de mim mesmo, e assim...
Por mais que eu vá, corra, fuja, onde chegar.
Lá, vai estar comigo a mesma dor.


José João
15/04/2.016

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Minha alma e eu

Ah! Essa minha alma! Contando nossa história!
As saudades, os adeus ditos com lágrimas,
Recordações de momentos que continuam vivos,
Sonhos que se foram e não voltam mais,
O gosto da espera de sonhar outros sonhos...
Que pelo menos venham cheios de esperança.
Assim ficamos os dois, deitados no tempo,
Nos abraçamos em um só, e oramos juntos,
Até orações novas, que criamos com prantos,
Desses que doem nos olhos porque vêm cheios
De pedaços de tristezas, farpas pontiagudas
Que nem lágrimas aliviam a dor lancinante
E uma mistura de angustia e saudade
Se faz tão forte que o rosto se contorce
Numa vontade de chorar que vai além...
Muito além de ser apenas vontade, é viver,
Sim ...viver, não é preciso ser feliz pra isso.
E assim ficamos nós, eu me minha alma,
Ela sente a dor e eu...choro com meus olhos.

José João
14/04/2.016




quarta-feira, 13 de abril de 2016

Fingi(dor)!

De pranto em pranto fui construindo encantos,
Poesias vivas de saudades paridas por dores
Vindas de adeus que se fizeram história.
De pranto em pranto fui ensinando a alma
A fingir com sorrisos (mesmo tristes)
Um chorar que ninguém precisava ver,
Afinal, uma saudade se sente e se chora só.
Busquei meus mais fingidos sorrisos,
Até enganei meus soluços... (tão angustiantes)
Sorrindo, enganando minha vontade de chorar.
Os olhos gritavam em lacônico silêncio
Uma dor que só minha alma sabia sentir,
E com um sorriso leve, sutil, dizia baixinho:
Isso não é dor, e se enfeitava com luzidias
Lágrimas, que também fingiam, se faziam
Brilhantes como se estivessem cheias de alegria.
Me fiz poeta para dizer que era dos outros
A dor que sentia, e minha alma fingiu tão bem
Que nunca ninguém percebeu
Que aquela dor...era eu que vivia.


José João
'3/04/2.016







segunda-feira, 11 de abril de 2016

Amar é...apenas te amar

Te amo! Não busco razões e nem existem,
Que razão haveria, senão apenas  te amar?
Te viver sem nada te pedir, te chamar
Mesmo sem saber que vens. Amar! Amar!
É apenas amar. É te ver em qualquer distância,
É te sentir em qualquer lugar, é sorrir sozinho
Na divina ridícula demência de te olhar
Onde só eu posso chegar. É deixar as lágrimas
Caírem em meu rosto por lembrar de nós,
É sentir tua falta, chorar sorrindo lembrando
Coisas a toa, lembrando coisas tão bobas
Que se fazem importantes só porque te amo.
(pequenas coisas ficam infinitas quando se ama)
Te amar é sentir pulsar o peito se alguém
Fala teu nome. Sentir a ansiedade gritando
Dentro da alma, quando uma vontade de ti
Se faz forte mesmo sem nem saber se vens.
Te amar é ver estrelas ao redor de mim
Quando até o perfume do tempo me lembra
Que tu existes, é te rezar nas noites pedindo,
Pedindo em contrita oração...que sejas feliz.
Te amar é o que estou fazendo agora...
Uma poesia com teu nome sem dele saber,
É dizer te amo, sem saber onde estás,
É essa saudade que sinto sem te conhecer.

José João
11/04/2.016



domingo, 10 de abril de 2016

Te amo sem te conhecer

Te amo com a loucura santa da falta de razão,
Te amo na loucura ardente, perdido de mim
Te entrego, pleno e todo, tudo de um coração
Que se faz teu, em versos que escrevo assim:

Te amo com a beleza infinita da eternidade
Como se de te nascesse minha própria vida
Que seria de mim não fosses tu minha verdade?
Seria minha alma, por esse pecado, absolvida?

Loucura infinda, te amar sem ter te conhecido!
Me entregar sem nunca ter um dia te beijado!
Te sentir, como se estivesses sempre do meu lado

Te amo, querida, mas te amo tanto que nem sei
Se vivo tão intensamente a minha ou a tua vida
Só sei que sem te conhecer pra ti me entreguei


José João
09/04/2.016

sexta-feira, 8 de abril de 2016

São meus sonhos que...

A debater-se dentro de mim estão os sonhos 
Que habitas, Todos, em frenéticos tremores, 
Pelo temor de que possa esquece-los. Debatem-se 
Em espasmos que me fazem crer que se julgam 
Moribundos, sem que saibam, que são eles
Que me alçam o pensamento em vôos distantes,
Além, de muito além de qualquer caminho
Que se possa imaginar. Debatem-se em agonia,
Precipitam-se em meu rosto como prantos,
Desenham-se em minha alma como rabiscos
De imortais poesias, que dentro de mim,
Se fizeram orações, onde cada lágrima
É uma Ave-Maria, rezado com o fervor
De quem sente, na agustia de um adeus,
Uma tristeza viva que não passa nunca.
São meus sonhos que me fazem sentir a vida
Pulsar dentro de minha alma...repleta de ti,
São eles que te buscam e te trazem do tempo
Pra te acomodar, como saudade, dentro de mim

José João
08/04/2.016



As vezes me sinto assim

Busco-me dentro de mim e até não sei
Se é, por acaso, minha alma um anjo errante
Perdido no tempo ou de outro mundo caído
A fazer-se andarilho por onde nunca pisou antes

Entrega-se a poemas escritos em toscas linhas
Como fosse poeta perdido de outras eras
Quando ao amor se vergavam os corações
Como fosse este, de toda alma, uma oração

Busco nas noites encontra-lo, entende-lo
Mas parece-me que ele, absorto em um pensar,
Nada diz, se esconde, faz segredo, fica mudo

Como se estivesse em transe tão profundo
Como se estivesse perdido, assim a procurar
O que talvez tenha perdido nesse mundo.


José João
08/04/2.016





Agora sei porque sou triste

Torno-me teu servo alma minha
Que se faz por tanto amar, cativa
De um amor que no tempo caminha
E nos faz que, em nós, a vida viva

Torno-me a ti passivo, sem  exigir
Que seja minha a vontade de amar
Que em mim seja meu o teu sentir
E se quiseres posso até por te chorar

Diz-me, alma minha, porque te atentas
A amar uma saudade que nem sei
Porque apenas amar não te contenta?

- Um dia se foi de mim a melhor parte
  Que partiu entre saudades doloridas
  Escolhi em ti viver as nossas vidas.


José João
08/04/2.016
  







quarta-feira, 6 de abril de 2016

Eu, minha alma e a solidão

Por tão sozinho na plena solidão 
Do sentir-me só, sem saudades 
Nem sonhos, nem eu pra me ouvir,
Tanto era a dor do vazio que, 
Por pena, não sei,.a tristeza não me é 
Mais triste, fez-se carinho.
Para não me deixar só, traz lembranças  
Distantes, lembranças que minha alma 
Aflita, respirando uma ausência, se sufoca 
Em prantos e chora comigo.
Então grito nos longos suspiros 
Que o silêncio me permite, um nome,
Como se fosse uma reza que a alma,
Não sei porque, nuca esqueceu de rezar.
Me ponho a ajoelhar-me no tempo
Buscando nos idos da memória, um momento
Que talvez tenha passado despercebido
Pela lembrança, tenha se perdido
No esquecimento ou, talvez eu e ela
Nunca tenhamos vivido, e essa solidão,
Dada por essa ausência doída que sentimos
Seja de alguém que ainda não nos encontrou


José João
06/04/2.016









Deixo a saudade ser dona de mim

Deixo que a saudade inunda meu peito,
Se aposse de minha alma, me tome todo,
Faça de mim sua morada, sem cerimônia.
Deixo que a saudade me tome as noites,
O tempo, preencha todos os vazios
Que existiam em mim. Deixo que ela
Me sufoque, me tome a voz, me faça
Murmurar baixinho, nomes que não esqueci,
Que ficaram dentro da alma como se o sempre
Fosse tão pouco. Deixo que ela se faça eu,
Para vive-la intensamente, tanto quanto amei.
Essa saudade é a prova viva do que vivi,
Dos amores que me ensinaram a amar,
Dos adeus que me ensinaram  chorar
Ao sentir a verdade da dor, mais doída quando
O amor se vai no silêncio de um lágrima
Que cai timidamente em meu rosto triste
Que chora uma saudade que fica
Dentro de num fazendo a eternidade
Ser cada momento que amei, e vivi o amor,
Deixo que a saudade me inunde, me  sufoque
Pelo tanto que amei, e ainda vou amar,
Pelo que chorei e ainda...vou chorar.


José João
06/04/2.016

As vezes... amar é uma saudade infinita

Minha alma, não sei onde, ao fazer-se
Íntima da tua, se entregou tanto que quase
Se perdeu de mim, te olhava com meus olhos,
Te sorria com meu sorriso, pensava em ti
Com meus pensamentos, até me fazia sonhar
Teus sonhos! Se entregou toda e tanto...
Que nas minhas orações ela rezava teu nome.
Me fez esquecer momentos que vivi antes
De te conhecer, Haviam lembranças, sonhos,
Haviam também vazios, angustias, saudades...
Ah! Essa minha alma! Fez tudo, e mais ainda
Para que o esquecimento engolisse o antes,
E a mim, ela dizia sorrindo: tudo começou
Apenas agora. Me exigia que desse flores,
Que escrevesse poesias, que inventasse
Outros olhares, sorrisos novos, por que ela
Te fez especial. Mas para os amantes,
O amor perfeito continua na saudade,
Sempre tem aquele dia difícil de viver...e aí...
Bem, aí tudo ficou triste, minha alma
Se perdeu da tua, e agora ela e eu
Choramos juntos a saudade que deixaste


José João
06/04/2.016


segunda-feira, 4 de abril de 2016

Desculpa..mas vou chorar

Havia uma luz mágica em seus olhos,
Uma canção divina em seus lábios...
Um perfume primaveril em suas palavras
Havia um semblante de anjo em seu rosto
Quando me dizia sorrindo, baixinho:
Eu te amo. São lembranças que me trazem
Lágrimas, que me doem na alma...
Que deixa o peito arfando no desejo de gritar
Mas só saem soluços doloridos, amargos...
Hoje sei apenas blasfemar em gritos roucos
Com orações vazias perguntando por que?
Havia ternura em nossos momentos...
Até o amor se fazia pacientemente passivo, 
Brincava de encher nossos corações
De perene alegria, as lágrimas de felicidade
Saiam efusivas de nossos olhos, brincavam
Em nossos rostos, se misturavam em deliciosas
Carícias e tudo se fazia vida, se fazia nós...
Hoje há essa saudade, essa louca e angustiante
Saudade que...que...desculpa mas vou chorar.

José João
04/04/2.016



domingo, 3 de abril de 2016

Uma saudade infinita

Você foi mais, muito mais que todos
Os meus senhos. Foi minha essência,
Te fiz minha única e verdadeira história,
Te vivi em cada um dos meus momentos,
Ternamente te guardava dentro mim,
Dentro de minha alma que passiva,
Rezava teu nome em oração. Te amei...
Tanto, que nunca fui além de ser teu, 
De seguir teus passos e deles fazer
Minha estrada e seguir, sem medo,
Qualquer caminho por onde fosses.
Me fiz um pedaço de ti para me fazer
Completo. Aprendi a sonhar teus sonhos,
A vive-los contigo, e a fazer de ti...nós dois.
Brincava de viver sem saber da vida,
Tu me ensinaste, qual um anjo, a amar,
E te amei, Como preciso de você!!
Ainda bem que não te foste, estás aqui,
Com essa saudade que soubeste deixar
Dentro de mim ...Infinita 

José João
03/04/2.016

sábado, 2 de abril de 2016

Ah! Se não fosse minha alma...

Um dia eu disse pra minha alma, 
Que não amasse tão intensamente assim,
Até lhe disse que amar loucamente
Poderia um dia, doer tanto, mas doer tanto,
Que eu não teria mais tantas lágrimas 
Para chorar essa dor. Minha alma sorriu,
Me olhou nos olhos e disse: Tens medo?
Tens medo que me entregue a um amor forte,
Que sei será único? Tens medo que um dia
Possa amar diferente? Possa amar pela saudade?
Possa amar até os sonhos, os momentos vividos,
E nunca deixados para trás? Possa amar
A lembrança dos dias, até mesmo a rotina?
Ah! Meu pobre ser - me disse minha alma -
O que sabes do amor... do amar?
Como pensas a infinitude de um sentimento
Que eterniza um breve momento?
Dois minutos de um amor verdadeiro,
Forte, puro, intenso, se não puder
Faze-lo mais que isso...se tiver que chorar,
Farei da saudade outra maneira de amar
Mesmo tendo que a vida toda chorar.
- Hoje meus olhos secaram. Lágrimas!?
Não as tenho mais, mas que seria de mim
Não fosse essa saudade! Ah! essa minha alma!!

José João
02/04/2.015


Essa louca falta de ti

A falta de ti me deixa na alma o gosto da solidão,
Um gosto triste, um gosto de adeus,
E tudo se faz tanto amargor que a própria vida,
Respira em mim, uma saudade de lancinante dor,
Mesmo tu estando sempre e toda dentro de mim.
Tua ausência é maior que o vazio que ficou,
E assim o tempo me toma em devaneios descabidos,
Em esperanças mortas, e sonhos moribundos,
Ah! A distância! Para os amantes, dizem:
Não existe. Mas de qual distância falam?
Não são os caminhos que a fazem, 
É o silêncio, é o estar muito, muito além
De qualquer além que se pense, é um além 
Onde vão apenas saudades e orações, angustias
E lágrimas. A dor dessa saudade deixada
Por um adeus, que nem foi dito...aconteceu,
Faz da existência um cruel deserto...seco
De sonhos, molhado de lágrimas...
E morto de fé.

José João
02/04/2.016





sexta-feira, 1 de abril de 2016

A saudade e o por-do-sol

Ah! O céu! Está sendo colorido por mãos divinas,
O sol a esvair-se, vai indo devagar no horizonte,
Faz caminhos de luz sobre o mar, e num lento
Valsar, a água se derrama, como se fosse pranto 
Do tempo, sobre a areia branca e passiva,
E se beijam, se abraçam, se molham em carícias
E...de repente uma tristeza, uma saudade estranha,
Uma vontade de deixar o pensamento livre
Ir ao tempo, no mundo na busca do que não sei.
No meu rosto, uma lágrima mais carente,
Talvez até bem mais que eu, se faz carícia,
E chora lentamente uma dor que só sei sentir,
Meu olhar se perde na distância colorida
De um horizonte que minha tristeza pinta,
Embora belo, mais de outra cor, cor de saudade.
Meus sonhos vão muito além do horizonte,
De todos os horizontes, vão muito além
Até de qualquer pensar, Vão buscar momentos
Que nunca vivi, ou se os vivi, em mim agora
Se fizeram essa saudade que não sei por que
Me dói tanto.



                                                                      José João
                                                                     01/04/2.016

Eu sou minha saudade

Não sei se sou as lágrimas que a tristeza chora.
Nem sei se sou  essa tristeza que a saudade
Cria.Talvez eu seja mesmo é essa saudade viva
Que um adeus fez nascer e que uma ausência
Faz questão de faze-la toda e plena.
Mas será só saudade? Estou achando tão pouco!
Porque então essa dor tão grande!? Essa angustia!
Isso me faz crer que não sinto saudade...
Eu sou a saudade, e minha alma carente,
Nela se aninha, como se fosse de mim
- a saudade - que precisasse de carícias,
E a saudade faz, porque vou buscar
Os sonhos que sonhei, a verdade que vivi,
Os momentos ainda com sutis perfumes
Do cheiro dela, e no silêncio, a doce voz
Se faz ouvir ternamente, como sussurro
Murmurado pela brisa. e a alma jura
Que é ela, e sorri, e devaneia, e até pulsa
Dentro de mim. Eu a saudade. Assim
Me fiz prova de que vale a pena amar.
Embora sem saber se eu sou eu
Ou se sou a saudade...

José João
01/04/2.016