terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Minha poesia em flor

Um dia, muito além do meu próprio pensamento,
Muito além de todos os sentidos, sonhei uma poesia...
Uma poesia viva, divina em toda sua plenitude...
Tão perfeita que os sonhos eram poucos para sonha-la.
Na verdade, talvez até fosse mais que uma poesia,
Talvez fosse a própria vida vestida de beleza,
Eu a fiz uma flor, divina, bela, pura, inocente, infinita,
Plantada num jardim em que ela era a única,
Tão rara sua divinal beleza que, sem ter palavras,
Não lhe pus um nome. Era  a mais bela flor
De todas as vidas...e só minha. A brisa lhe tocava
Suavemente as pétalas e perfumava todo o prado,
E a mim perfumava a vida, me fazendo flutuar
No mais belo universo criado por uma poesia perfeita.
Minha flor sem nome (nenhum nome era digno dela)
Por ser eterna ainda hoje existe, única no jardim...
Tão única, tão bela, que ao lembra-la me vêem as lágrimas
Gritando meu desespero de perde-la, num adeus dolorido,
Silencioso, que apenas´se sentiu sem nunca se dizer.
Ela, com certeza, continua bela no jardim em que estiver.


José João
19/01/2.016




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