segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Eu...comigo mesmo

Há quanto tempo não me lembro de mim?!!
Não busco mais os sonhos que sonhei
(para lembrar de mim). Há quanto tempo
Não sonho sonhos novos (para me lembrar
que vivo). Até   meu nome se perde
Em vazios, desses que não sei de onde vem.
(mas que estou sentindo agora, não sei porque)
Acho que estou sem lugar para pousar a fronte
Estou na minha frente sem ter o que me dizer.
Será que eu devia ficar aqui, dentro desse nada?
Ah! Essas noites! Tão cheias de silêncio!
Até me pediram (hoje) para fazer uma poesia...
Mas como? Acho que me esqueci de ser poeta!
Ontem não, ontem eu era poeta, fingi sorrir...
Chorei, brinquei com as lágrimas, com a saudade,
Até fiquei triste. Será que devo ir ver o por do sol?
Não sei, acho que não preciso ir chorar tão longe,
Choro aqui mesmo. Vou arrumar minhas coisas,
(ocupar meu tempo e pensamento, é preciso)
Armário, gavetas...será que devo? Não, não vou...
Posso encontrar coisas que aumentem meu vazio,
Que me faça o dia ser maior, mais lento...mais triste
O que faço agora? Tem o violão, tem...tem...
Essa vontade de chorar...ah! Que dia!!

José João
18/01/2.016


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