sábado, 26 de dezembro de 2015

Você...eternamente.

Não sei onde estás, só sei que estás muito além...
Do mundo, muito além de qualquer estrada,
De qualquer horizonte. Estás longe, muito longe...
Mas...nossos momentos, os que vivemos juntos...
Ainda estão aqui, dentro de mim... os sonhos
Que sonhamos, apesar de toda essa distância,
Ainda estão aqui, deixando meus dias menos vazios,
Sei que estás longe, até mesmo muito além...
Mas, não sei porque, talvez por milagre do amor,
Desse amor que tanto protege os amantes,
Ainda estás aqui, brincando de alegrar minha alma,
Brincando de fazer minha saudade alegre, cheia de ti,
Como se o além de qualquer distância, fosse bem aqui...
Dentro de mim, na infinitude de um pensar
Que nunca foi além de te, além de nós e do que sinto.
Nunca ficaste longe, até mesmo quando a distância
Se fazia maior que o tempo, as vezes até maior
Que a saudade, mas logo meus pensamentos e sonhos
Te carregam pra dentro de mim, e minha alma,
Em feliz pranto te abraçava dentro da saudade
Que nunca deixei de sentir e nos fazer de sempre.


José João
26/12/2.015

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Feliz Natal


É Natal! Que a Graça Divina lhes inunde os corações. Que Deus lhes ilumine os caminhos e os deixem floridos, sem tristezas, nem atribulações. Tomara os desejos sejam realizados e que as conquistas se façam muitas, que as dificuldades não se façam presente, mas se o fizerem, que Deus na sua bondade divina, façam-nas tão passageiras que nem tenham tempo de senti-las. Que seus dias sempre tenham a beleza da primavera, e que cada novo dia seja um renascer risonho, em que possam, com a família e amigos, sorrirem juntos.
É Natal! E bem aí, já está o novo ano, que venha alegre, com novas vitórias, que venha com cara de criança sorridente e feliz, cheio de coisas boas para todos. Feliz Natal.

José João

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Não... sou apenas triste

Ah! Quanta tristeza espalhada pelos caminhos!
Folhas caídas, levadas a esmo pelo vento...
Vão indo sem ir a lugar nenhum, rolando tristes
Entre as pontiagudas pedras deitadas na estrada,
São agora pedaços rotos de ontem...são passado,
Perdidas da beleza que um dia tiveram. Coitadas...
Não são mais belas, não são mais folhas, 
Agora são apenas restos. Não sei se choram, 
Tão nada se fizeram que nem parece que viveram.
As flores, sem se importarem com as folhas mortas,
Se pintam, se lustram, abrem as pétalas orgulhosas
Como se fossem belas, como se fossem vivas
E um colorido disforme, desbotado, nem reluz ao sol...
Mas que sol?! Esse que tímido ou medroso se esconde
Entre as nuvens? E a brisa?! Chata, a voltear
Entre os galhos, a balançar as flores que parecem dançar
Num valsar ridículo, onde a melodia é um angustiante
Acorde da própria tristeza. Depois dizem, aos gritos,
Que a primavera é linda. Linda!. Não vejo nada belo!
- Não vês a beleza em tua volta? Tu és cego?
- Não. Sou apenas triste. 


José João
21/12/2.015

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Quando o por do sol se faz canção

Sentado na beira do tempo ouvindo uma canção
Cantada em triste silencio pelo por do sol,
Que só a alma em solidão plena pode ouvir
Com os olhos, em lágrimas, como se fossem acordes
Que o coração chora, cheio de saudade e ..angustias.
E continuam os silenciosos acordes do por do sol
Como se fossem sutis prantos chegando lentos,
Em volteios de brisa que não sabe a quem acariciar...
Se ao coração choroso ou a alma angustiada,
Chora a alma triste cheia dos vazios que ficaram 
E que agora, o por do sol, colorido como se fosse
Uma primavera triste vai buscar momentos...que,
Agora lembrados, fazem a dor ser mais doída.
Ah! Como é triste a saudade chorada ao por do sol!
Quando a luz se deita no mar fazendo uma estrada
Infinita em que só o pensamento pode caminhar,
Em que só os sonhos podem voar... é uma beleza 
Triste, tão triste que os olhos se fecham 
Como se buscassem, uma imagem, qualquer que fosse
Desde que trouxesse, mesmo fingido, um sorriso
Que se sabe nunca mais vai acontecer.


José João
17/12/2.015

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

O pássaro...

Esse pássaro, que sozinho voa, em perdida rota
Olha triste, no fim do nada uma sombra distante
O medo lhe toma, mas sabe ele que não tem volta
Chorando, num pensar triste vai rumo ao horizonte

Lhe pesa as asas tão carregadas de solidão perene
Vê o vazio, do céu ao mar, sem um porto para pousar
Bate forte o coração como rezasse uma oração solene
Como se pedisse a um Santo Deus forças para voar

O vento, talvez por pena, as vezes se faz estrada
Lhe toma as asas num voar leve, solto e até sereno
E assim vai. mesmo sentindo-se um já quase nada
Mas vêm lembranças, e o desespero se faz ameno

Ave sozinha, chorando em prantos indo sem rumo
Porque será, pergunta, se foram os outros e fiquei só?
O vento as vezes estrada, outras lhe toma o prumo
E lhe arrasta à sua vontade sem piedade e sem ter dó

Ah! Esse pássaro que a esmo voa, chorando solidão
Que nem a brisa num  cantar divino a ele acalma,
Que nem o estar mais perto do céu lhe alegra o coração
Esse pássaro que perdido voa, seu nome é...minha alma.


José João
15/12/2.015






domingo, 13 de dezembro de 2015

Quando chorar é prazer

Deixa-me sonhar teus sonhos como se fossem meus
Deixa que me vista com o gosto do seu sentir,
Com o perfume, mesmo o resto, que deixaste aqui
Na minha tão ilusória vida, nesse meu triste existir

Deixa que me perca no tempo, esse que não se vai
Que fica parado dentro da saudade que me toma
Deixa que a solidão faça ainda mais teu os meus dias
Esses dias vazios de ti que tanto a alma reclama

Corro entre os nadas declamando versos quebrados
Versos cheios de palavras vãs, de palavras soltas
Em descabidas rimas com risos fingidos e inventados

Chamo teu nome, em terno sussurro, a me enganar
Faz que a alma se entregue toda alegre ao teu pensar
E a mim, me faz de prazer, essa saudade chorar.

José João


13/12/2.015

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

A dor de um adeus...não passa

Agora sei porque a dor do adeus não passa nunca,
É que a tristeza que fica faz os dias sem amanhãs,
A saudade nos toma todo, nos carrega entre os momentos
Vividos, deixados para trás, mas nunca esquecidos,
E a vida! Sem os manhãs, faz de sempre o dia 
Em que o adeus, dito com palavras, ou com silêncio,
Não sei qual a dor maior, se faz de sempre.
Um mundo diferente, cheio de dias cinzentos, 
Repletos de incertezas, medos, angustias, perguntas,
Que sem respostas apenas aumentam a dor de viver.
Os pensamentos buscam momentos, buscam sonhos,
O desespero da carência grita até chegar na alma,
E uma vontade de chorar galopa dentro da gente,
Enche os olhos de lágrimas, aperta o peito... o coração
Dispara em desesperada e vã tentativa de se fazer ouvir,
Aí, então, orgulho cai de joelhos no chão e.. a gente chora.
Lentos, os momentos, tristemente vão passando...
Se arrastando, indo e vindo em dementes vontades.
E os versos que se queria escrever nem completam
A poesia, porque esta, toda molhada, com as lágrimas 
Que alma chora, prefere calar, por saber que... 
Essa dor não passa.

José João


11/12/2.015

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Minha outra maneira de chorar


Canto, não que meu canto seja um cantar,
Mas minhas lágrimas são como versos soltos,
Fingidas rimas que escondem qualquer chorar
Um canto mudo que canto pra me enganar

Ah! Esse meu canto! Vai perdido a esmo
Enganando os versos que se fazem encanto
Vão indo ao tempo, em acordes sem melodia
Por serem apenas... pobres e fingidos prantos

Não que a alma, por estar triste, não saiba compor
Versos, poesias, que falem até mesmo de amor
Que até diga que essa dor talvez nem seja dor

Talvez  contasse, da vida, toda minha verdade
Minha história toda nas entrelinhas da poesia
Dizendo que essa dor é...uma infinita saudade

José João
08/12/2.015





sábado, 5 de dezembro de 2015

A incoerente coerência da saudade

A solidão não me importa mais, nem os medos.
Não me importam mais tristezas, angustias,
Não importam mais os sonhos, quase mortos,
Tudo agora é pouco, como se não existissem mais.
Corro entre os vazios, e o eco do meu silêncio,
Como um moribundo e perdido sussurro,
Vai dentro de mim, voando solto entre os nadas
Até chegar dentro da alma, cabisbaixa, chorosa,
Olhos fitos nos olhos do tempo apenas sentindo 
O que lhe é permitido sentir e, com suas próprias
Lágrimas, escreve uma poesia de beleza triste
Em versos inacabados de incoerentes rimas.
Não importam mais as claras noites perdidas,
Onde o sono cavalgava sobre a insônia demente
Até o alvor do dia chegar, tímido e reticente...
Perguntando se a solidão ainda ficaria comigo.
Nada disso importa mais...porque agora aprendi
Que essa saudade é muito mais...senti-la
É nunca estar só. É a beleza de um tempo
Que nunca mais vai voltar, mas que... nunca foi.

José João
06/12/2.015


sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

O que é o tempo para o amor?

Ontem descobri que adeus, distâncias, até o tempo
São tão pequenos, quase nada quando se ama,
Quando a alma se entrega toda e plena a arte de amar,
Sem trocas, sem medos, o amar por apenas amar...
Quando acontece assim a vida toma outro sentido
Fica repleta de momentos que nunca se vão,
Cheia dos sonhos que nenhum esquecimento toma,
Que o tempo tenha se feito anos, muitos anos...
Mas ainda assim, a saudade fala suave da história
Que  fica guardada dentro da alma carinhosamente,
Sempre bela, cheia de infinita doçura, que até sorrisos,
Antes perdidos, se fazem sutis desenhos nos lábios
Que, até outra dia, só sabiam chorar, sem nada dizer.
Ontem refiz  tudo, sem me importar com o tempo,
Busquei o gosto dos teus beijos, me vesti de ti,
Me perfumei com teu perfume, sonhei com teus olhos,
Dormi em teus braços, me embalei ouvindo tua voz,
Quando a brisa passava cantando baixinho como fazias.
Foi aí que percebi que o tempo é menor que nós

José João
04/12/2.015



quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Ah! Se saudade fosse flor...

Não amor, nunca mais teve primavera. As flores?
Não sei, acho que se perderam no caminho
Procurando os jardins. Nem mais os pássaros
Ouvi cantar. Aquele pé de flamboyant...aquele...
Que na primavera era o mais alegre, o mais florido,
Não se alegrou mais, não floriu mais, sempre triste.
Os pés de ipês...que deitavam suas flores na grama
Por onde, alegres, corríamos pra lugar nenhum,
Só mesmo pra dentro dos nossos sonhos...
Também não floriram mais, parecem tão tristes.
É amor, parece que a primavera se mudou daqui...
Os bem-te-vis, os rouxinóis, os pintassilgos...
Nunca mais os vi, nem ouvi, tudo ficou mudo e triste.
Que pena que a saudade não é flor. Ah! Se fosse!
O meu mundo seria um jardim, o mais florido,
O mais colorido. Se a saudade se fizesse flores
Minhas lágrimas se fariam chuva, límpida, pura,
Para rega-las todos os dias. Minha vida se faria 
Uma eterna primavera. Mas a saudade não é flor, 
Assim, minhas lágrimas se perdem no nada, 
Num mundo sem primavera, correndo a esmo 
No meu rosto só dizendo tristezas.
Tudo culpa de tua ausência...ah! Essa ausência!

José João
03/12/2.015


terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Porque minha dor é maior?

Ah! Quantas histórias, despedidas, perdas...
Mas porque, então, a minha dor é mais doída?
Porque minha  tristeza é sempre a mais triste?
Tanto que minha voz se sufoca no soluço
Que choro entre as tantas lágrimas que saem,
Correm dos meus olhos no desespero dos gritos
Que minha alma não cala e, aos prantos, 
Pede em orações que não sei rezar e, palavras ditas
Mais por dor que por fé, se tornam vãs, vazias...
E por isso se perdem sem serem ouvidas.
Porque minha saudade é mais saudade
Que qualquer outra? Me toma, me aperta o peito,
Me faz não ter lugar, me perco entre ir e ficar,
E os sonhos que vêm, só me deixam mais triste,
E entre buscar lembranças e chorar, me divido,
Uma parte de mim vive lembranças, a outra
Vive a dor de uma ausência que se faz infinda.
Parte de mim te chama aos gritos (desespero)
Outra parte se contenta com tua saudade...


José João
01/12/2.015