sexta-feira, 11 de setembro de 2015

As vezes não sei nem de mim.

As vezes eu não sei quem sou, me sinto perdido de mim,
Algumas vezes ouço canções desconhecidas, por vozes
Que nunca ouvi...e a vontade de chorar me chega
Como se ela, a canção, embalasse minha alma,
Que se deita na divindade da melodia, e sonha,
E sente como se já existisse, há muito, dentro dela.
Outras vezem me perco a ouvir a voz silenciosa
Do silêncio a me encher da nostalgia de um existir
Que não sei... buscar um tempo que nem sei se vi,
E pedaços de pensamento que, num caminhar tropego
Dentro de meus devaneios, me chegam, e as lágrimas,
Vêm aos olhos choradas pela alma que parece conhecer,
Desde muito, a voz carinhosa do silêncio, a lembrar,
Meigamente, que um dia existiu alguém que não sei,
Nem onde, nem de onde, e nem como conheci.
Há momentos que não sei quem sou, me perco,
E uma saudade desconhecida, e por não saber,
De onde vem, lhe acho descabida, mas com ela,
Vem a voz que não conheço, uma angustia 
Que não sei dizer, só sei sentir, e um pranto
Que nem sei se já não foi por mim chorado.

José João
11/09/2.015

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