segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

A poesia que não queria ter sentido

Vi o sangue de minha alma escorrer
Por saudades doentias, caminhos e destinos,
Cheios de vontades mortas e vazios de mim,
Vi teu nome riscar-se em meu peito,
Lá dentro do coração, que aos pulos,
Te gritava em orações que ficasses,
Ir, seria matar-me entre dores e angustias,
Entre o adeus vermelho do sangue da alma
E das lágrimas, algumas  inocentes pela dor
Outras, profanas, porque a dor as faziam blasfemar.
Te implorei em versos retalhados de mim,
Em poesias cortadas pelo frio desprezo
Das palavras que não queriam chorar,
Que não queriam contar minha história triste,
Por saudade do que fui ou maldizer  a sombra 
Do que agora sou. Não me refiz, fiquei preso,
No adeus que nunca esqueci, que disseste
Friamente num sorriso fingido de tristeza,
E num olhar cheio da pequenez que me fizeste
Sentir. Não faço mais poemas pra essa saudade.


José João
29/12/2.014



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