segunda-feira, 30 de junho de 2014

Choro...e é culpa tua também

Talvez tenham sido teus olhos, divinos e brilhantes,
Ou tua voz, sussurrante como vento de outono,
Macia como o sussurrar do rio cantando inocente
Uma canção perfeita, escrita sem palavras,
Só com notas musicais desconhecidas em harmonia única
Com o cantar suave do vento nas folhas que brincam
De dançar presas em seus galhos,  só até a primavera.
Talvez tenha sido teu perfume com gosto de amor,
Ou teus carinhos cheios de ternura infinda
Deixando no corpo o gosto de mais e na alma
O desejo de que cada momento se fizesse eterno.
Na verdade não sei, não a sei se foi teu toque
De fada divina...ou de anjo, daqueles anjos
Que se ocupam de apenas ensinar a amar,
Daqueles que entram no coração da gente, e ficam,
Invadem a alma e lá habitam como se tudo
Fosse para sempre. Sei que mudaste pensamentos,
Momentos, sei que me ensinaste a sorrir, amar...
Mas também sei, que apesar de tudo, essa dor
Que sinto, essa saudade que dói até na alma
É culpa tua também.

José João
30/06/2.014

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Porquê?

O silêncio atravessa a noite como se andasse lentamente,
De um lado para outro, sem precisar pisar o chão.
A solidão caminha calada por entre as paredes,
Se faz imensa, ocupa comodamente todos os espaços
Como se fosse fantasma que se faz sombra entre as dores
Sentidas. A tristeza! Essa toma forma, fica densa,
Enche o coração de angustia, se faz tanta que não cabe
Na noite, manda o sono embora, umedece os olhos,
Brinca de fazer lágrimas, deixa o coração aos pulos,
Como se quisesse fugir do peito para lugar nenhum.
E a vida! Fica vazia, sem cor, apenas como um pedaço
Do tempo que passa sem razão de existir, sem motivo
De ser, cheia de histórias perdidas e de sonhos mortos.
As lembranças se dividem em fragmentos soltos,
Como se cada pedaço fosse uma dor, e cada dor
Um adeus, desses que não passam, que ficam sempre
Como se estivessem grudados na alma, 
Presos com a angustia que cada dia se faz mais forte
Como se tudo tivesse começado ontem...
E ficado para sempre.


José João
27/06/2.014

quinta-feira, 26 de junho de 2014

A saudade que me faz viver

Não sei porque estás ainda tão dentro de mim,
Te fazes meus momentos, meus sonhos, devaneios.
Teu nome fica brincando em meus lábios
Como se fosse uma canção que não se esquece nunca.
Minha alma brinca contigo, te põe no colo e me chama
Pra dizer que não estou só, que estás comigo,
Como se eu não soubesse, não te sentisse...
As vezes estás tão perto que sinto teu perfume,
Te vejo a cor dos olhos, sinto o roçar de teu rosto,
E me toma uma sensação docemente divina,
Cheia de ti, dos teus tantos carinhos. Nessa hora
A saudade se faz dor, a tristeza se faz vida...
E a solidão, como se valsando ao som do silêncio,
Me toma, me envolve, me carrega para um vazio,
Que desde teu adeus, se escondeu dentro de mim.
Se hei de escrever nos versos que sinto, nos versos
Que minha alma fala, que até grita quando é tanta
A dor que sente. Se neles haverei de dizer um nome,
Que seja o teu, entre a beleza do amor que vivemos
E a saudade que me faz vivo agora.


José João
26/06/2.014

segunda-feira, 23 de junho de 2014

A dor da solidão que sinto

Andar só, foi o que sempre fiz, andar sozinho,
Até no meio da multidão, tão solitária quanto eu,
Sigo só, como se fosse sombra que ninguém vê.
(A solidão dói muito mais quando não se está só)
Ah! A Multidão! Nunca é companhia pra ninguém.
Aprendi a viver assim, lembrando os sonhos que sonhei,
E vivi, chorando os sonhos que sonhei e se foram,
Por entre as saudades de não tê-los vivido. 
Meu silêncio se faz poesia, poesia solta, a toa,
Indo sem rimas, remendando versos rotos,
Rasgados na alma por soluços que não param
De gritar a dor que a pobre alma sente.
Ando triste por aí, carregando gemidos no peito,
Tristeza no olhar, angustia na voz e sonhos mortos,
Levo alguns adeus ditos por silenciosos olhares,
De outros ainda ouço os gritos, mas todos dentro
De uma saudade tão grande que se faz dor.
Mas vou indo, só, de braços dados comigo
Como se eu fosse dois, um eu, grita em desespero
A dor da solidão que sente, o outro, junta os pedaços,
E vai sorrindo, e vai fingindo, chorando alegremente...
Com as tantas lágrimas que a tristeza faz chorar


José João
23/06/2.014



quarta-feira, 18 de junho de 2014

Perguntas que a tristeza faz

Pergunta-me a tristeza desde quando e até quando
Vou derramar-me em prantos. Até quando estarei
A desmanchar-me em lágrimas, como se fossem
Gritos que a alma em silêncio grita pela dor que sente,
Que chora no silencio das madrugadas frias
Cheias de saudades, de sonhos perdidos, derramados
Nas noites molhadas de prantos que a alma chora.
Pergunta-me a tristeza, até quando vou caminhar
Sozinho, ouvindo o eco dos meus suspiros,
Como fossem lamentos gritados dentro do peito,
Cheio de angustias, silencioso como se fosse oração,
Todos os ais que o coração chora como se pulsar
Fosse um soluço da alma que triste soluça sozinha
Entre as tantas saudades que dentro dela ficam
Se fazendo pedaços perfeitos de ladainhas mudas.
Pergunta-me a tristeza, até quando as lágrimas
Se farão jorrar em meus olhos como cascatas
Correntes que murmuram tristes, a dor
Que só ela sente. Pergunta-me assim a tristeza...
Respondo com o silêncio o que ela há muito ela já sabe


José João
18/06/2.014

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Uma dor chamada...solidão

As vezes gostaria de gritar para o mundo, bem alto,
O que é a dor de ser sozinho, o que é a dor da solidão,
Mas para tanto não existem palavras, não se pode
Dizer o que é o vazio, só se pode senti-lo e...as vezes
Chorar, porque nem sempre as lágrimas disponíveis
Podem falar toda a tristeza que a alma sente.
Quantas vezes me surpreendi parado no tempo,
Ombros caídos, voz amargamente reticente,
Fronte pendida sobre um colo que não existe,
Um colo que a carência cria como uma ilusão demente
E as lágrimas...as lágrimas se fizeram tão poucas
Que quase nenhuma dor foi chorada, embora sentidas
Como  farpas afiadas de tristeza sangrando a alma.
É uma vontade de ir sem ter pra onde, sem estradas,
Um ardume nos olhos (sem lágrimas para chorar),
Não existe um lugar onde a dor não chegue,
Não se faça morada dentro da gente e sem remorso.
Ah! Solidão! E ainda se faz mais forte, mais dolorida
Se não existe saudade. É uma dor que nem a poesia
Mais triste, a mais triste de todas as poesias,
Em nenhum verso diz o tamanho dessa dor...
Muitos a chamam...solidão. Que mesmo entre paredes...
Se faz do tamanho do universo,


José João
09/06/2.014

Quando meus sonhos te trazem


Minhas lágrimas não conseguem se conter
Quando meus sonhos te trazem toda e plena,
E teu rosto, como se fosse de um anjo,
Me ilumina o momento e vai buscar nós dois,
Meus olhos brilham, meu coração pulsa ,
Minhas mãos tremem, digo baixinho: Te amo,
Sinto, na incoerência dessa absurda solidão,
Tua presença entre minhas angustias e medos,
Medo que essa saudade um dia não te traga mais
E minhas noites fiquem vazias, perdidas de mim,
Sem sonhos para sonhar, cheias de lembranças mortas
E eu perdido na demência do esquecimento,
Sentindo o tempo parar no nada pela falta de ti.
Hoje vi teu rosto na pintura que minha alma fez,
Te pôs nos olhos a inocência de uma criança,
Nos lábios, a cor de um pedacinho do por-do-sol,
Rubro, entre matizes de desejos e saudade
E eu...humildemente te escrevi em versos...
Não desses versos que se lê...mas versos ...
Tão divinos que apenas a alma sente 

José João
09/06/2.014



sábado, 7 de junho de 2014

Aprendi a amar eternamente

Hoje, pedi a Deus para ter você. Acordei triste
Depois de sonhar contigo. Ouvi a solidão cantando
No silêncio de dentro de mim uma musica
Que dizia teu nome em todos os versos,
Senti uma tristeza do tamanho da saudade
Que ficava agitada lá dentro de minha alma,
Querendo ser mais que uma saudade,
Querendo sair aflita dos meus olhos como lágrimas.
Hoje pedi a Deus que te fizesse voltar...
Rezei orações novas que aprendi com teu adeus,
Rezei orações antigas, que aprendi a rezar contigo,
Até milagre pedi. Como dói a dor que sinto agora!
Como dói a falta que fazes! Como dói ser tão sozinho!
Tua ausência me faz ser tão pequeno! Sinto pena de mim.
Hoje pedi a Deus que te fizesse voltar. Mas com a voz
Terna da brisa, com a doçura de quem sabe a dor
Que comprime o coração e alma, carinhosamente disse
Que não podia te fazer voltar, que os anjos veem
Só para ensinar amar e depois se vão.
Que devia me sentir feliz, pois que aprendi a amar
Eternamente. Como só a um anjo se ama.


José João
07/06/2.014



quarta-feira, 4 de junho de 2014

A noite, sem tua saudade não é noite

Todas as noites me chegas de mansinho,
Como se viesses enfeitar meus sonhos,
Brincar de me fazer feliz, ir buscar momentos
De nós dois que ficaram perdidos no tempo,
Mas ainda dentro de mim. Todas as noites,
Como se fosses um anjo, desses anjos criança
Que gostam de brincar, assim me vens, trazendo
Coisas novas: Lágrimas que nunca foram choradas,
Saudades repletas de ti a me preencherem o vazio,
Lembranças que esqueci de lembrar se fazem novas,
Cheias de nós dois, até teu perfume a noite me traz.
Te sinto tão perto, as vezes até tão dentro de mim,
Que sinto no lugar do meu, o teu coração,
Pulsando alegre por nós dois. Não sei quem nos separou...
O destino...a vida. Não sei. Mas não permiti levassem
De mim esse desejo ardente que me faz vivo,
Os sonhos que ainda hoje se fazem ternos segredos
Guardados dentro de mim. Minhas noites...
Se não me vens  em sonhos não são noites
Mas se vens em saudade durmo feliz contigo...
Abraçado com ela.



José João
04/06/2.014




terça-feira, 3 de junho de 2014

Hoje, ainda não me vi.

Hoje apenas me senti. Ainda não me vi.
Senti o coração bater mais forte, como se chorasse,
Como se sentisse uma saudade do tamanho do mundo.
Senti os olhos arderem como se lágrimas caíssem
De dentro da alma e se fizessem pedaços de dor,
Cada uma, uma dor diferente, cada dor uma angustia.
Senti a voz reticente como se balbuciasse palavras
Desconhecidas, desconexas, sem sentido ou razão,
Palavras perdidas em gritos que nem eco sabiam fazer.
Hoje ainda não me vi. Apenas me senti.
Senti as mãos tremerem como se sentissem medo,
Ou frio, como se sentissem falta de carinhos,
Ou da ternura de um rosto para afagar, acariciar.
Senti meu olhar perdido, vendo sem nada ver,
Buscando no horizonte silhuetas que não vinham,
Que talvez tenham apenas existido nos meus sonhos.
Hoje não me vi ainda. Apenas me senti,
Perdido, passeando por dentro de uma solidão
Que se fez estrada, longa, cheia de vazios,
Onde nem os sonhos me acompanham mais


José João
03/04/2.014





Porque o agora pra mim é... sempre!!

Me perdi, já não sei o que é o agora, pensei um dia
Que fosse apenas um momento, mas pra mim...
O agora se fez desde muito, o eterno, o sempre,
O que pensei tivesse ficado para traz, perdido no tempo,
Esquecido dentro de sonhos mortos. Nunca pensei
Que o agora, fosse tudo que não se vai, que fica
Dentro da gente marcando nossos dias, nossas horas,
Fazendo que lágrimas novas chorem dores antigas,
Que se fazem de agora. E os amanhãs também se farão
Agora, porque essa dor angustiante de uma saudade
Que não sei de onde vem, vai ficar comigo e...vai indo
Hospede dos amanhãs que me virão e se farão um agora.
Estou preso no tempo e por mais que passe, que vá...
Só me restou o agora, porque a dor será a mesma
O adeus será o mesmo, a saudade será a mesma,
Porque será sempre o mesmo nome, o mesmo perfume,
O mesmo olhar, as mesmas palavras. Nada novo.
Tudo, naquele dia do adeus, ficou parado no tempo
Como se fosse agora, só não as lágrimas,
São outros os prantos que choro...agora.


José João
03/06/2.014