sexta-feira, 14 de março de 2014

Um tempo que não quer passar

Me fiz lágrimas na poesia que minha alma chorou,
E nela, meus olhos se fizeram saudade e deles caí...
Caí nos pés da solidão, que em solene silêncio,
Me olhou cativa, e como se eu não fosse apenas lágrimas,
Me carregou no colo e me deitou na noite 
Para esperar os sonhos coloridos que não vieram mais.
E como lágrima, na madrugada fria que chorou comigo,
Me misturei ao orvalho para beijar as flores
Na desesperada e vã tentativa de sentir teu gosto.
Me fiz dor como penitência por viver com tua ausência,
E me deixar viver com a falta de ti. Lágrimas...dor...
Até a tristeza fez morada em mim, me tomou 
Como se fosse dona das horas e não permitiu
Mais nada que não fosse soluços dementes, cansados,
Frustrados por não poderem ser o grito que os versos
Que minha alma escreveu e me fez de lágrimas,
Não puderam gritar, porque aquele adeus
Não se fez palavra de gritar...só de sentir e chorar.
Me fiz pedaço de um tempo que insiste em não passar,
Que não quer ser amanhã...que insiste em esperar,
Esperar...esperar...esperar...

José João
14/03/2.013




Nenhum comentário:

Postar um comentário