terça-feira, 19 de novembro de 2013

O céu dos amantes carentes.

Onde será o céu dos apaixonados?
Daqueles que viveram ardentemente o amor?
Será que existe? De que cor será?
Não daqueles apaixonados que amaram
Apenas do ontem até o amanhã,
 Mas de todos os que eternizaram o amor
Em suas vidas. Amaram, perderam, sofreram,
Choraram como chora a madrugada na primavera,
Moraram dentro da solidão em silêncio,
Apenas suas lágrimas e poesias (se poetas fossem)
Gritavam as dores, as angustias e os vazios
Tão comuns em suas almas. 
Onde será o céu dos apaixonados?
Daqueles que amaram e nunca deixaram de amar,
Mesmo ouvindo o adeus tantas vezes ouvidos,
Sentidos na alma, chorados em copiosos prantos
Como orações que nem foram escutadas, mas ficaram
Guardadas pelo tempo no coração de cada um.
Ah! O céu dos apaixonados! Como será?
As nuvens devem ser de beijos voando livres,
Esperando os lábios mudos por beijos negados,
Cheias de olhares languidos esperando olhares
Que não foram trocados. Cheias de: Eu te amo, 
Soltos ao vento para aqueles que nunca ouviram.
Assim deve ser o céu dos que loucamente amaram,
E ... continuaram sozinhos.


José João
19/11/2.013


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