domingo, 25 de agosto de 2013

Na poesia...finjo como ninguém

Canto, com a voz do silêncio, nos versos tristes que faço,
Minhas dores verdadeiras e minhas mentiras fingidas, 
Nos meus versos posso  gargalhar como faria um mendigo
Ao lembrar-se que um dia teve belos momentos e recordar
Posso, como ele, também chorar ao  lembrar quem é agora.
Nos meus versos posso parar o rio caudaloso e manda-lo voltar
Para buscar aquela minha lágrima que ele esqueceu de levar
E ela sozinha não sabe chorar. Logo a lágrima que tem de ir,
Com o mar, neste por do sol, para um horizonte onde minha alma 
Pensa que ela está. Nos meus versos, posso chorar uma dor 
E culpar o vento, que sempre deixa pedaços de saudade 
Dentro dos olhos da gente, como se quisessem leva-los para alma.
O vento é sempre uma boa desculpa para se chorar sem chorar
Tudo isso faço em meus versos, finjo até escrever poesias
E todos pensam que é poesia, nelas sei fingir como ninguém,
Choro a vontade e ninguém vê lágrimas, só vê letras
Apenas alguns poucos nela veem um pedaço de minha alma


José João
24/08/2.013











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