terça-feira, 19 de março de 2013

É a carência que traz a dor...

As vezes choro de saudade de dores que já chorei
As vezes elas se fazem tão pequenas perto das dores novas... 
Que se tem vontade fossem agora pra se chorar outra vez.
A dor quando se faz saudade, não é mais dor, e só saudade,
É até gostoso de sentir, de lembrar, de viver outra vez
Dor, é essa dor de agora, que ainda não se fez saudade,
É ainda só mesmo dor, Ainda não se fez de passado,
Como aquela dor que se fez saudade, e hoje saudade
Se faz sonho gostoso de sonhar, faz até sorrir.
As vezes tenho saudade das lágrimas que chorei,
Passado tanto tempo não lembro por que chorei, e as vezes
Acho, não devia te-las chorado, mas sinto saudade delas,
Na verdade sinto saudade de tudo, é bom sentir,
Saudade dos sorrisos que dei ontem, dos abraços, dos beijos,
Até dos que ainda não dei, da brisa que me beijou ontem,
Hoje é outra brisa, certamente amanhã vou lhe sentir saudade.
Sinto saudade da saudade que ainda não senti, 
Mas que não seja dor nem carência, seja apenas lembrança,
Ser uma saudade sem dor, até o tempo conspira a favor
Isso é fácil de se ver, mas não existe saudade sem carência
E nem carência sem dor. Então a saudade...


José João
19/03/2.013

3 comentários:

  1. Saudade sem dor e sem carência eu também gosto sentir pois são as lembranças boas dos momentos que já vivi. Saudade que me incomoda, que me faz chorar... mando, imediatamente, passear! Adorei esse poema brincando com a saudade... lindo! Bjus poeta!
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  2. José parece até que você brinca de escrever, você vai além do domínio das palavras, parece que elas lhe obedecem! E esse sentimento então! Adoro ler você. Um beijo. Ah! Meu marido também lhe admira muito. Um dia desses manda um abraço pra ele.

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  3. Amigo ...Sem querer ser redundante ...Mas com você é difícil ...Que trabalho lindo ...Mais uma vez Parabéns !!! Pedro Pugliese

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