Minha alma. O que será que aprendeu com a dor que sinto?
Será que aprendeu a fingir? Assim como eu. Um fingidor
Que finjo ser minha a dor que não sinto e com ela até choro
Que finjo sorrir com a dor que a vida deitou em meu colo?
Eu! Até finjo ser meu o eco de um riso que o tempo guardou
Finjo que são minhas as canções que se ouve falando de amor
Finjo que são minhas as ternas palavras que ninguém nunca diz
Sou tão bom fingidor! Finjo a mim mesmo que ainda sou feliz
Sou até palhaço, brinco de fazer da vida o picadeiro de um circo
Finjo escrever versos, digo até serem poesias as poesias que faço
Que versos incompletos, de minha vida, são seus tantos pedaços
Finjo chorar, e nos olhos esculpo o mais perfeito dos prantos
Grito alto, com a voz alegre, mas é o mais completo fingimento
Finjo alegre o meu canto, mas na verdade nem sei o que canto.
José João
16/01/2.013
Profundamente belo.
ResponderExcluirJohn
Jaum,
ResponderExcluirFingidamente sinceros são estes teus versos. É nesta arte de fingidor que juntamos ou espalhamos nossos pedaços.
Pois é,
Alice.