quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Meus olhos são poetas.



Embaixo de cada letra de minhas poesias tem uma lágrima
Cada pranto é uma palavra, cada tristeza é um verso
Escrevo sem pudor as minhas dores, minhas angustias
Me conto como história alegre, mas finjo, sou o inverso

Em cada pensamento,  tenho um ontem que não passou
Em cada sonho tenho um ontem que dentro de mim ficou
Em cada hoje tenho um medo por tudo que eu não quis
Em cada amanhã um medo novo por tudo que hoje não fiz

Sozinho, sentado na porta do tempo, vem o nada  me dizer
Que não esqueça do verso daquele que ainda não sei fazer
Isto, de menos eu sei que é, deixo o meu pranto escrever

Cada palavra que penso, que digo, ou que ainda queira falar
Deixo que meus olhos falem, gritem, eles sabem se expressar
Fazem versos tão brilhantes, apenas brincando de lacrimejar.


José João
04/12/2.012







2 comentários:

  1. O soneto tão brilhante fez vibrar a alma da leitora que passava por aqui!
    Muitos parabéns pelos versos intensos, poeta!

    ResponderExcluir
  2. Querido José João ...quanta beleza ..muito belo e doce ...um grade e fervoroso abraço Pedro Pugliese

    ResponderExcluir