terça-feira, 4 de setembro de 2012

O amor nunca cansa


Que sonhos haverei ainda de sonhar!
Se os perdi quando de mim me perdi
Ficaram comigo naquele que fui
Num passado distante que um dia vivi

Perdidos os sonhos e a alma tão triste
Cantando um canto que nem sei se existe
Devaneios, coitados, perdidos no tempo
Em profundos abismos de dor e tormento

Espaço perdido em dores e prantos
Trazidos, que foram, por meus desencantos
Na vida vazia em que os dias se perdem
Que nem as lembranças em vir se atrevem

Seguindo sozinha em tristonhos caminhos
Segue minha alma em prantos e ais
Que até parece com a triste amante
Esperando seu sonho na beira do cais

Sentada na areia em prantos molhada
Se enganando na espera que nunca é demais
E os olhos perdidos nas ondas distantes
E o tempo dizendo que ela não volta mais

Que haverei de fazer se a alma insiste
Na louca espera de vã esperança?
Me diz sussurrando que ainda ela volta
Que paciente... o amor não se cansa


José João
04/09/2.012

Um comentário:

  1. Difícil de viver e entender o viver desta forma amigo querido ... lindo muito lindo Pedro pugliese

    ResponderExcluir