quinta-feira, 28 de junho de 2012

Uma saudade sem fim


Ó! Dor atroz, de  tanta saudade, infinda
Que deixa a alma de tão triste, entorpecida,
Caminhando a esmo, ao léu, sem ter caminhos
Que dela mesma se sente compadecida

Ó! Silêncio que da solidão me faz calar
Que faz pra mim, de carrasco, o próprio tempo
Que se arrasta lento me marcando as horas
E por castigo faz de cada segundo um tormento

Que será de minha vida? Agora e para sempre?
Com fardo tão pesado de lágrimas dementes
Que me molham o corpo como em bálsamo vivo
E em cada poro me rega, da solidão, várias sementes

Que fazer ante a sorte de tão vivo desespero
Em que a alma se flagela e pede em mudo apelo
O pedaço de um segundo pra viver um devaneio

Se por acaso o tempo, da alma o pedido ouvir
Que dela se apiede, tanto dela quanto de mim
E me dê, de um segundo, uma fração para eu sorrir.


José João
28/06/2.012

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