segunda-feira, 4 de junho de 2012

Prantos que já chorei


Não sei de onde em mim, vem essa dor assim doída
Que me toma todo em feridas tão abertas e até peço
À vida, ao destino, mesmo a quem nem mais eu sei
Que perdoe, até proponho pedir perdão em cada verso

Em cada verso que vem da alma como se fosse pranto,
Chega ao mundo em orações e até se faz queixumes
E vai com o tempo a chorar por distantes horizontes
Feito o vento gritando suas mágoas sobre os montes

Não sei de onde vem esta saudade assim tão descabida
Que me enche as noites de angustias em que até a vida
Se pergunta se vale, ou até quando pode ser assim vivida

Me perco em pensamentos que já nem sei de onde vêm
Se de momentos que vivi, ou se de sonhos que sonhei
Só que chegam outra vez os mesmos prantos que já chorei


José João

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