sábado, 5 de maio de 2012

Dona de mim


Ah! Saudade que de morada me fez a vida
Que me entrega as noites como se dela elas fossem
E me acorda os ais em gemidos que de tão tristes
Me deixa sem saber até onde ela em mim existe

Me traz um pranto que mais parece um pranto
Até minha alma, perdida no tempo, comigo chora
Nem se importa, a cruel saudade, se a alma implora
Por um sorriso, que ela irônica, o manda embora

Morto o sorriso, num rosto triste, port tanta dor
Que até os olhos perderam o brilho e mudaram a cor
Que de luzentes como pingos d'água brilhando ao sol
Ficaram frios, com tristes beijos, sem ter sabor

Que hei de fazer? Pergunto ao tempo que não responde
E as claras noites não me permitem nenhum sonhar
Mas o silêncio que em qualquer hora o vazio deixa
Me diz bem claro que o que me resta é só chorar...

José João

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