sexta-feira, 4 de maio de 2012

De tão só...


Romper as fronteiras
Que meus receios construíram,
Sangrar o vazio como se nada ele fosse,
Deixa-lo caído como cinzas perdidas
De um tempo passado que a alma marcou.
Quebrar as correntes e correr no espaço
Voar como livre em qualquer direção,
Sentir o vento batendo no rosto
Em doces caricias que nem lembro mais.
Perdido os anseios por tantos receios
De viver outra história e ter que chorar
Um adeus, uma angustia, como tanto chorei
Que até a saudade por tanta piedade
A mim se entregou.
Ouvir de outros lábios o que tanto ouvi
Um olhar me gritando o que nunca esqueci,
Promessas etéreas. Verdades, pensei,
Não poucas, são muitas e por muitas
São tantas as dores sentidas. vividas
Que em qualquer vazio de mim me escondi
Mas sem que buscasse, de repente e sublime
Uma doce emoção me faz despertar,
Rompendo fronteiras, pisando meus medos,
Sucumbindo os conflitos,  me faz delirar
Então me entrego sem reserva qualquer.
De tudo esquecido, começo daqui
Outros sentidos povoam meus sonhos
E se outra vez tiver que chorar
Que não chore sozinho. Que esteja contigo
Minha fel solidão.

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