segunda-feira, 30 de abril de 2012

Meu silêncio, minha voz


O silêncio não está em volta
Está dentro de mim, como único.
Como apenas meu, calando meus soluços
Quase morto pelo cansaço
De tanto a saudade me fazer chorar.
Meu silêncio não é um silêncio qualquer,
É a doação do meu vazo à minha existência.
Os risos se calam, se apagam em volta de mim,
Talvez por temerem espanta-lo, ou talvez,
Por ser o silêncio mais forte, e de tão verdade
Me faria sorrir um sorriso falso,
Num rosto triste de um alma distante,
Vestida com os  retalhos do passado
Que de tão rotos não podem ser remendados
Me deixando incompleto, como se meu intimo,
Se tivesse perdido dentro dos meus conflitos.
Sou único para meu silêncio que nasceu comigo,
E tão amigo que se confunde comigo mesmo
Me fazendo não saber se é meu este silêncio
Ou se sou eu o meu próprio silêncio,
Calo por ser mais forte a duvida de nossa existência
Assim nos faço de uma fusão contínua.
Silencío até meus pensamentos
Para que o silêncio tome vida dentro de mim
Só não deixo que  me faça não pensar mais
Que um dia ainda posso, sem ele,
Continuar vivo, como sonho ainda.

José João

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