quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Entre solidão e tristeza
Igual solitário pássaro que no espaço voa
Em perdidas rotas desse azul do céu infindo
Que em volteios tristes se entrega a toa
Chorando, saudoso canto, como se estivesse rindo
Com o vento, sem rumo, indo sem nenhuma pressa
Para onde ir? Nem ninho tem para poder chegar
Se os teve um dia, perdido ao tempo ficou pra traz
E o belo canto que todos ouvem é o seu chorar
Triste pássaro tão livre! Voando a seu prazer
Quantos não invejam a liberdade desse viver!
Solto no céu brincando, mas preso em seu sofrer
Que cruel gaiola! Pior prisão é a que não se vê
Assim como o rio que entre margens tem que correr
Assim como do pássaro e do rio é esse o meu viver.
José João
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